Psicóloga - Ipatinga TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

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Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

24/03/2015 10:10

A ansiedade é um sentimento que acompanha o homem por toda a sua existência.

Para o tratamento é importante um diagnóstico correto.

Temos:

-  a ansiedade normal reativa que pode ser considerada um sinal de alerta que permite ao indivíduo permanecer atento, tendo como base objetiva uma ameaça ou perigo existente e decorrente da realidade externa.

- a ansiedade patológica que se diferencia pela intensidade, pelo caráter repetitivo e desproporcional ao ambiente. Caracteriza-se por um sentimento desagradável de apreensão negativa em relação ao futuro. Ela pode ser secundária às doenças orgânicas (hipertiroidismo, insuficiência cardíaca congestiva e doenças pulmonares obstrutivas crônicas etc.) e ao uso ou abstinência de substâncias psicoativas. A ansiedade patológica primária é a encontrada nos transtornos ansiosos.

 

Transtorno de ansiedade generalizada

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR)(3) caracteriza como:

 “Ansiedade ou preocupação excessiva, ocorrendo na maioria dos dias, por um período de pelo menos seis meses, acerca de diversos eventos ou atividades. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. A ansiedade e a preocupação são acompanhadas de pelo menos três sintomas adicionais, que inclui inquietação, fatigabilidade, dificuldade em concentrar-se, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono.”

Embora os indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada nem sempre sejam capazes de identificar suas preocupações como excessivas, eles relatam sofrimento subjetivo devido à constante preocupação, têm dificuldade em controlar a preocupação, ou experimentam prejuízo social ou ocupacional ou em outras áreas importantes.

A intensidade, duração ou frequência da ansiedade ou preocupação são claramente desproporcionais à real probabilidade ou impacto do evento temido.

A pessoa considera difícil evitar que as preocupações interfiram na atenção nas tarefas que precisam ser realizadas e têm dificuldades em parar de se preocupar.

Essas preocupações frequentemente são decorrentes de circunstâncias cotidianas e rotineiras, tais como possíveis responsabilidades no emprego, finanças, saúde de membros da família, infortúnio acometendo os filhos ou questões menores, tais como tarefas domésticas, consertos no automóvel ou atrasos a compromissos.

O quadro clínico pode ser associado a tremores, abalos e dores musculares, nervosismo ou irritabilidade, associados à tensão muscular.

Podem ocorrer sintomas somáticos, tais como mãos frias, boca seca, sudorese, náuseas, diarreia, frequência urinária, dificuldade para deglutição e sobressaltos desproporcionais. Os sintomas depressivos são comumente encontrados.

Muitos indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada afirmam que sentiram ansiedade e nervosismo durante toda a vida. O curso é crônico, mas flutuante e frequentemente piora durante períodos de estresse”.

Critérios diagnósticos para transtorno de ansiedade generalizada (DSM-IV)

A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (como pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses):

1. Inquietação ou sensação de estar com nervos à flor da pele;
2. Fatigabilidade;
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente;
4. Irritabilidade;
5. Tensão muscular;
6. Perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
 

 

D. O foco da ansiedade ou preocupação não está confinado a aspectos de um outro transtorno (transtorno do pânico, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de ansiedade de separação, anorexia nervosa, transtorno de somatização, hipocondria ou transtorno de estresse pós-traumático).
E. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
F. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (p. ex.: hipertiroidismo) nem ocorre exclusivamente durante um transtorno do humor, transtorno psicótico ou transtorno invasivo do desenvolvimento.
 

 

 

Tratamento

Medicamentoso

A eficácia dos benzodiazepínicos é bem estabelecida (Davidson, 2001)(4). Também os antidepressivos têm eficácia igual ou superior aos benzodiazepínicos (Davidson 2001)(4), sendo considerados a primeira escolha para o tratamento ao longo tempo, mesmo quando não há comorbidade com transtornos depressivos (Ballenger et al., 2001)(12).

 

 

Terapia Cognitiva Comportamental

Os estados de ansiedade estão relacionados a pensamentos e imagens que sugerem a percepção de um perigo considerável (físico ou psicológico) nas situações atuais. Estes são geralmente uma resposta a percepções distorcidas.

A TCC procura tratar os estados de ansiedade ao ajudar os pacientes a identificar seus julgamentos de perigos imaginários e os comportamentos que os podem estar mantendo.

É feito um trabalho de Reestruturação Cognitiva onde a ansiedade pode ser reduzida tanto através da diminuição da percepção do perigo quanto através do aumento da confiança na capacidade de lidar com ameaças.

 

 

 

 

 

 

 

Parte das informações deste texto foram extraídos do artigo:

Como Diagnosticar e Tratar Transtornos de ansiedade. José Cássio do Nascimento Pitta (Professor assistente do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Uniifesp)